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7 de mai. de 2012

Caverna da alma

Parte 2

Quando retomei a caminhada pude ver uma luzinha fraca quase que se extinguindo lá no fundo de toda aquela escuridão. Com a mesma vontade de saber o que acontecerá naquele lugar, me pus a correr, e ir de encontro com a tal luzinha.

Corri, mas corri como se nada me fizesse empecilho ansiava aquela luzinha, seria ela minha única e fraca explicação para o que acontecera? Corri mais ainda, ela era minha única esperança. Mais me aproximava mais nítido ficava seu brilho, meu peito enchia de felicidade e esperança, queria alcançá-la o mais rápido o possível, não queria mais olhar para trás.

Quando cheguei à luz, pude ver e reconhecer tudo que antes me faziam feliz e completa, ali jogadas e empoeiradas, tudo que me era favorito, estava quebrado sem nenhum cuidado. Não podia acreditar minhas coisas ali jogadas, o que eu fiz?

Após ter me dado a consciência, pude perceber, que eu não os tinha valorizado e nem cuidado e o quão negligente fui com minhas coisas preciosas e favoritas, me ausentei por tanto tempo que a escuridão tinha tomado conta, e tudo que tinha valor fora jogado pro canto.

Vi aquelas coisas e chorei arrependida, comecei a tocá-las, sentia sua textura, suas cores, desejava voltar no tempo, mas isso não iria acontecer. Quanto mais limpava e cuidava delas, percebia que mais vivo ficavam. Mais tocava mais ficava feliz, meu sorriso vinha espontâneo no rosto, lagrimas escorriam na minha face, e agradecendo por enfim estar com minhas preciosidades.

Após eu ser inundada pelos meus sentimentos, boas lembranças e felicidade sincera, percebi que a escuridão que antes me angustiava, não estava mais ali, se dissipara, a terra voltava a vida e tudo ao meu redor voltará a ser como era antes.

Fim

Por Roberta Ribas

5 de mai. de 2012

Caverna da alma

Parte 1

Hoje resolvi dar uma olhada no meu interior, entrar em contato com minha alma queria entender o motivo de tanta angustia e desgosto por coisas que antes me faziam feliz. Sei que isso parece um pouco deprimente, mas o que reserva uma alma nunca se sabe.

Sinto-me diante de uma imensa caverna, em meu primeiro passo me deparei com uma escuridão absurda, nada se via lá, sem perspectiva de fim. Quase vacilante resolvi falar algo, disse um simples oi, mas nada nem um ruído me respondiam de volta. Após um tempo ouvi o que parecia uma voz, eu a reconhecia, pois era minha voz, mas nada mais se ouviu.

Estranhei aquele lugar, não parecia nada como antes. Antigamente era um lugar feliz, claro, cheio de cores, repleto de vida. Um lugar único. Mas não estava mais lá.

Caminhei um pouco receosa, tentando tatear o que tinha a minha frente, e nada sentia, até tropeçar em algo que parecia um pedaço de madeira. O acendi, mas sua luz machucava meus olhos já acostumados com aquela escuridão. Após a dor passar, resolvi continuar a avançar e saber onde estaria o belo do meu intimo.

Passei por perto de buracos sem fim, pedras, grandes rochas, o terreno era arenoso em cada passo que dava subia poeira, mas tudo aquilo que era maravilhoso e dava vida, não estava mais ali. Para mim não fazia sentido.

Quanto mais andava, mais me sentia triste, sozinha, angustiada. Queria tudo àquilo que estava acostumada a ver e sentir, o que fazia lindo aquele lugar, queria tudo de volta. Mas tudo desapareceu, morreu e perdeu valor.

Caminhava tentando entender o que havia acontecido aquele lugar, me perguntava, Onde estava tudo? O que acontecerá? Pra onde levaram minhas coisas? Será que isso tem fim?

Continua...

Por Roberta Ribas

4 de mai. de 2012

Reencontro







Olá palavras, velhos sentimentos e novas inspirações.
Havia muito tempo que não nos víamos,
Perdoe meu isolamento,
Sentia que precisa de um tempo,
Só não esperava que esse tempo fosse longo e solitário.
Mas o mundo dá voltas,
e nossas histórias mudaram,
Estou aqui novamente com vocês.
Fiquei feliz que mesmo com minha ausência,
Mantiveram – se por perto,
Esperando talvez um momento de lucidez,
E enfim voltar as suas companhias.
Mas agora aqui estou,
Como vão vocês?


Por Roberta Ribas

10 de abr. de 2012

Sempre me lembrar...



Sinto dizer, ouse em falar,
mas não posso mais esconder,
o que sinto por você.
De como não saber mais viver sem você.
Como posso viver sem seu amor,
E não sentir mais o seu cheiro,
Ansiar os seus abraços,
Te sentir ao meu lado.
Como posso não te amar,
Se quero ser amada por ti,
como viver sem ouvir a tua voz,
me chamando com ternura de amor,
Como não dar atenção ao seu dengo,
E não implicar com suas manias,
Não rir das suas risadas estranhas,
Ficar brava com suas piadinhas sem graça,
Entrister-me com as brigas,
E te atacar com almofadadas,
Gargalhar com nossas trapalhadas...
Enfim como posso viver sem ti?
Espero que se esse dia chegar,
Eu possa me lembrar,
que eu não vivo sem você...



Roberta Ribas

3 de abr. de 2012

Cais dos meus Sentimentos

Cais na Praia da Lua, Manaus - Amazonas



Hoje aporto no cais de sentimentos,
a viajem foi muito longa.
Passei por muitos contratempos,
mas aqui estou,
de volta pro meu intimo.

Hesitei várias vezes,
não quis voltar,
talvez por medo;
Medo de que me julgassem,
Ou perdesse suas amizades.

Mas recordei-me de nossos momentos,
como eram maravilhosos.
Onde estava feliz com você;
E de como era completa...

Agora não quero mais ir,
Pois te reencontrei,
e não mais partirei,
se me prometeres nunca mais me deixar partir....


Por Roberta Ribas